Imobiliária Nova Alvorada

Fórum Inter-Racial reúne mulheres em Nova Alvorada do Sul

06/03/2013

Em comemoração ao Dia Internacional da Mulher – 8 de março, a prefeitura de Nova Alvorada do Sul, em parceria com a Coordenadoria Municipal da Mulher, realiza o 1º Fórum Inter-Racial da Mulher sulnovalvorandense. O evento inicia-se às 8h, nesta sexta-feira, com a palestra da coordenadora Especial de Políticas para a Promoção da Igualdade Racial (Cppir/MS), Raimunda Luzia de Brito, no plenário da Câmara Municipal.

Segundo Raimunda de Brito, o negro como um todo, em especial a mulher negra, ainda sofre muitos preconceitos e violências. E que a população negra continua sendo discriminada perante a sociedade. “A gente chega nos lugares de trabalho e não vê negro ocupando cargos importantes. Principalmente a mulher negra. Porque ela ainda esta dentro do contexto de racismo, discriminação e da falta de oportunidades. O que a gente quer é que se abram mais oportunidades para o negro”, disse Brito.

Raimunda também falou sobre a condição da mulher negra no mercado de trabalho. Segundo ela, de acordo com as pesquisas (Censo 2010), a mulher negra ainda encontra-se no último patamar da escala social do País. “Vejo o evento como mais uma oportunidade de a gente abordar essa inter-racionalidade e também discutir o porquê de o Brasil ainda estar trabalhando o critério de raça e porque a aceitação do negro ainda é muito discutida”, questionou a coordenadora da Cppir/MS.

De acordo com os dados do Mapa da Violência 2012, lançado em novembro, na Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Seppir), em Brasília, em 2010, por exemplo, 14.047 brancos foram assassinados, contra 34.983 negros. Se levada em consideração a idade, a diferença é ainda maior: nesse mesmo ano, enquanto a taxa de homicídio do total da população negra foi de 36,0, a dos jovens negros foi o dobro, 72,0.

De acordo com o autor da pesquisa, Julio Jacobo, do Centro Brasileiro de Estudos Latino-Americanos (Cebela), morrem duas vezes e meia mais jovens negros que brancos no País. Em oito anos, a taxa de homicídios de jovens negros, que era de 71,7%, passou para 153,9%. Segundo Jacobo, os altos índices estão se tornando naturais e a educação é a principal alternativa para alterar esse quadro.

Fonte: Jornal Rio Brilhante

Deixar a fonte no modo normal Diminuir o tamanho da fonte Aumentar o tamanho da fonte